O saldo líquido de empregos criados com carteira assinada no País em março foi de 92.675, de acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados nesta terça-feira, 19, pelo Ministério do Trabalho. O resultado representa uma diminuição de 65% em relação ao terceiro mês de 2010, quando foram criadas 266.415 vagas.
O número de desligamentos em março foi recorde e chegou a 1,673 milhão. No mês, a admissões totalizaram 1,765 milhão. De acordo com o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, o recorde histórico de desligamentos em março se deveu à antecipação da contratação de fevereiro e ao fim do ciclo sucroalcooleiro do Nordeste. "Além disso, chegou ao fim o ajuste das vagas temporárias criadas no fim do ano", completou.
Com a contabilização das declarações entregues pelas empresas fora do prazo, o resultado do primeiro bimestre do ano passou para 491.211, ainda informou o ministério. Dessa forma, no acumulado do rimeiro trimestre de 2011 foram geradas 583.886 vagas formais, resultado também inferior às 657.259 vagas criadas no mesmo período do ano passado.
Segundo Lupi, a meta de criação de 3 milhões de novos empregos com carteira assinada em 2011 está mantida, apesar do resultado do primeiro trimestre do ano ter sido menor que o registrado no mesmo período de 2010.
Setor de serviços lidera
O setor de serviços liderou a criação de vagas formais no mês, com 60.309 postos, seguido pela indústria de transformação com 14.448 vagas. A agricultura foi responsável pela abertura de 11.400 novos postos de trabalho, enquanto a administração pública gerou outras 4.268 vagas. Já o comércio registrou queda nas contratações, fechando 3.817 postos.
'Abril forte'
Após uma diminuição de 65% na criação de vagas formais de emprego em março, na comparação com o mesmo mês de 2010, o resultado de abril deverá ser bastante forte, na avaliação de Lupi.
Para ele, a desaceleração na geração de postos de trabalho com carteira assinada não reflete uma desaceleração da economia brasileira. "Não vejo desaceleração na economia nem no mercado de trabalho ainda. Acho que abril vai ser bastante positivo, superior ao resultado de março", disse o ministro. "Em primeiro lugar, porque não teremos outro carnaval, com a economia dez dias quase paralisada. Além disso, o comércio deve voltar a crescer e o fim das chuvas em algumas regiões também deve impulsionar a construção civil", completou.
FONTE: SITE
http://www.paraibaja.com.br/?p=noticia_int&id=9992
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